Entre muitas pessoas especiais que tiveram a honra de vir ao mundo no sagrado chão apodiense, encontra-se dileta amiga conhecida internacionalmente graças à luta sem tréguas em prol da preservação das importantes pinturas rupestres encontradas no Lajedo da Soledade.
A saga heróica de Dodôra Maia coloca-a no mesmo patamar em que se encontra a célebre arqueóloga francesa Niéde Guidon, responsável pela preservação de importante sítio arqueológico na serra das capivaras, localizado no sul do Estado do Piauí.
O Lajedo da Soledade é o mais importante lócus das lembranças pretéritas em forma de pinturas deixadas pelos antigos moradores do interior norte-riograndese, razão pela qual Dodôra olvida há tempos imemoriais todos os esforços para que este importante patrimônio potiguar não seja transformado em matéria-prima para a construção civil e outros usos na espacialização geográfica.
A presença marcante da Petrobras na região garantiu infraestrutura necessária à ênfase para a preservação do sítio arqueológico do Lajedo da Soledade, intercalado com o fomento ao setor turístico, atividade que vem se tornando importante na região.
As pinturas rupestres encontradas na formação calcária da comunidade Soledade, município de Apodi (RN), encantam por mostrarem coisas do cotidiano dos índios que durante muito tempo foram donos absolutos da terra colonizada pelos lusitanos.
O Lajedo da Soledade é um capricho da natureza que, com a mais absoluta certeza, encantou os índios, pois a água sulcou o calcário de forma que foram formadas belíssimas estruturas em razão da ação hídrica sobre a rocha de origem biológica.
Impossível responder com precisão absoluta o que o Lajedo da Soledade representava para os antigos donos da terra, pois não se sabe com certeza se era um lugar destinado aos cultos religiosos ou mais um abrigo contras as intempéries, tendo em vista que o baixo grau tecnológico dos nossos indígenas não permitiu construções mais sofisticadas. Aproveitavam o que a natureza oferecia, sobretudo no que tange às cavernas, as quais eram transformadas em habitats, em abrigo contra os perigos daqueles tempos.
Consciente de que as gerações presentes e futuras necessitam desfrutar das belezas deixadas pelos antigos moradores de antes da chegada dos portugueses, Dodôra vem empenhando todos os esforços no sentido de que haja freio na ausência de compromisso de alguns seres humanos para com a nossa história e nossas riquezas, pois a lógica do capital suscita a destruição de coisas belas em função do implemento a um progresso duvidoso que vem penalizando formidavelmente a natureza e as obras pretéritas legadas por antigas gerações.
Dodôra Maia, indubitavelmente, é um símbolo da luta pela preservação do Lajedo da Soledade, pois se não fossem os esforços e a sua garra talvez não teríamos o conjunto de pinturas rupestres que marcam de forma indelével a conhecida comunidade apodiense.
(*) José Romero. Geógrafo. Professor-adjunto da UERN. Contato: romerocardoso@uol.com.br
A saga heróica de Dodôra Maia coloca-a no mesmo patamar em que se encontra a célebre arqueóloga francesa Niéde Guidon, responsável pela preservação de importante sítio arqueológico na serra das capivaras, localizado no sul do Estado do Piauí.
O Lajedo da Soledade é o mais importante lócus das lembranças pretéritas em forma de pinturas deixadas pelos antigos moradores do interior norte-riograndese, razão pela qual Dodôra olvida há tempos imemoriais todos os esforços para que este importante patrimônio potiguar não seja transformado em matéria-prima para a construção civil e outros usos na espacialização geográfica.
A presença marcante da Petrobras na região garantiu infraestrutura necessária à ênfase para a preservação do sítio arqueológico do Lajedo da Soledade, intercalado com o fomento ao setor turístico, atividade que vem se tornando importante na região.
As pinturas rupestres encontradas na formação calcária da comunidade Soledade, município de Apodi (RN), encantam por mostrarem coisas do cotidiano dos índios que durante muito tempo foram donos absolutos da terra colonizada pelos lusitanos.
O Lajedo da Soledade é um capricho da natureza que, com a mais absoluta certeza, encantou os índios, pois a água sulcou o calcário de forma que foram formadas belíssimas estruturas em razão da ação hídrica sobre a rocha de origem biológica.
Impossível responder com precisão absoluta o que o Lajedo da Soledade representava para os antigos donos da terra, pois não se sabe com certeza se era um lugar destinado aos cultos religiosos ou mais um abrigo contras as intempéries, tendo em vista que o baixo grau tecnológico dos nossos indígenas não permitiu construções mais sofisticadas. Aproveitavam o que a natureza oferecia, sobretudo no que tange às cavernas, as quais eram transformadas em habitats, em abrigo contra os perigos daqueles tempos.
Consciente de que as gerações presentes e futuras necessitam desfrutar das belezas deixadas pelos antigos moradores de antes da chegada dos portugueses, Dodôra vem empenhando todos os esforços no sentido de que haja freio na ausência de compromisso de alguns seres humanos para com a nossa história e nossas riquezas, pois a lógica do capital suscita a destruição de coisas belas em função do implemento a um progresso duvidoso que vem penalizando formidavelmente a natureza e as obras pretéritas legadas por antigas gerações.
Dodôra Maia, indubitavelmente, é um símbolo da luta pela preservação do Lajedo da Soledade, pois se não fossem os esforços e a sua garra talvez não teríamos o conjunto de pinturas rupestres que marcam de forma indelével a conhecida comunidade apodiense.
(*) José Romero. Geógrafo. Professor-adjunto da UERN. Contato: romerocardoso@uol.com.br