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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Adesão parcial e filas nas agências durante o primeiro dia de greve


Lenilson Freitas

Com faixas de aviso colocadas em frente às agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, funcionários mossoroenses aderiram à greve nacional da categoria iniciada ontem. Saques nos caixas eletrônicos, pagamentos, depósitos e entrega de cartões estiveram comprometidos devido à grande quantidade de clientes que foram às agências. Na véspera de feriado Municipal, filas se formaram e poucos bancários ficaram à disposição da demanda. No final da tarde, o movimento voltou a se tranquilizar. "A greve foi parcial porque se tivéssemos feito uma paralisação geral iríamos prejudicar a grande demanda de clientes", informa o gerente (não quis se identificar) de uma das agências do Banco do Brasil que teve apenas dois caixas paralisados. Já os bancários da rede privada que trabalham no Itaú, HSBC, Real e Bradesco devem aderir ao movimento nos próximos dias.
A adesão da greve ocorre de maneira parcial também devido à Lei da Greve, que exige 30% dos funcionários trabalhando. Para o Sindicato, a medida se refere apenas aos serviços essenciais, como hospitais e escolas. Ainda assim, no caso dos Bancos, com o funcionamento normal dos caixas eletrônicos, da compensação e da internet, os clientes terão mais do que os 30% à disposição. De acordo com Anchieta Medeiros, coordenador do Sindicato, por volta das 18h de ontem o Sindicato dos Bancários de Mossoró realizou assembleia com sócios e funcionários dos Bancos. Amanhã outra reunião será feita para analisar a proposta do BB e a Caixa Econômica Federal.
A greve, de alcance nacional, acontecerá após os bancários não terem aceitado a proposta de reajuste salarial de 4,29%, apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (FENABAN) na quarta-feira passada. Esta data foi imposta como limite para as negociações entre banqueiros e bancários, que perduram desde o dia 10 de agosto, quando os bancários apresentaram a proposta de reajuste de 24% mais a reposição das perdas acumuladas desde a implantação do Plano Real, além da isonomia entre novos e antigos funcionários, distribuição justa e linear da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). De acordo com o diretor do sindicato, a proposta da Fenaban não cobre sequer a inflação deste período.

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