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terça-feira, 26 de julho de 2011

Apodi é destaque no rn tv.

Projeto sócio educativo modifica rotina de um CDP em Apodi

Os centros de detenção provisória do estado, em muitos casos, apresentam problemas na infra-estrutura como superlotação, mau cheiro e instalações comprometidas. Em Apodi, no entanto, vários projetos tem mudado esse perfil

Confira na reportagem de Fabiano Morais e Zenóbio Oliveira

O Centro de Detenção Provisória de Apodi, mais conhecido pela população como a delegacia da cidade, abriga, atualmente, 18 apenados. Aqui a maioria deles participa de algum projeto no local.

Estes aqui fazem parte do programa educação para a liberdade. São alunos do 2 e 3 ano do ensino fundamental e que buscam uma nova chance

- Aqui o negócio está bom , a gente só tem a agradecer. O que é bom para a gente tem que aproveitar - diz Cláudio Rodrigues, detento.

As aulas são realizadas 4 dias da semana neste local, onde eles também tomam banho de sol e recebem as visitas familiares. Com a nova lei penal a cada 12 horas de aula eles reduzem um dia de pena. Durante os encontros vários conteúdos são ministrados

- Eu tento observar como é o aprendizado deles, o nível de cada um e tento passar para cada um como eles podiam assimilar o conteúdo, avançando e não diminuindo muito o conteúdo, e o grau de dificuldade não posso nem adiantar e nem diminuir muito - conta Luis Diego Maia, professor.

Da horta cultivada pelos próprios detentos, cebolinha, coentro e alface incrementam o cardápio orgânico

- A gente está entretendo um pouco do nosso tempo, distraindo e tenho prazer pelo o que estou fazendo e serve para melhorar a nossa alimentação, que é bastante saudável esse tipo de alimentação com verduras essas coisa. Então é pra o nosso dia a dia - afirma Francisco de Assis Araújo, detento.

O artesanato também ocupa o dia a dia de 4 deles. As peças são feitas a partir de palitos de picolé e espetinho. Brilho e cola de madeira completam a matéria-prima

- A gente está trabalhando aqui fazendo o artesanato, aprendendo para mostra a realidade de viver na cadeia que não é como muita gente pensa – relata o detento Josivaldo Valentim.

O trabalho de artesanato é realizado há cerca de um ano aqui no CDP. Mais do que terapia a arte tem revelado talentos de pessoas que querem a ressocialização quando saírem daqui.

Quase tudo feitos pelos 4 novos artistas é vendido por encomenda. São quadros com escudos de times de futebol, cofrinhos e porta-retratos

- Nas nossas visitas nas quintas vem por encomenda e eles levam o nosso trabalho e a gente sempre vende , compra material e assim vai. As pessoas estão gostando do nosso trabalho , elogia e muito bom pra gente - relata Patrício Félix, detento.

Educação, arte e alimentação saudável são algumas das oportunidade que eles encontraram para mostrar que podem fazer bem mais do que ficar sem fazer nada

- Eles eram totalmente revoltados, indisciplinados e aos poucos a gente foi colocando disciplina, mantendo a disciplina, procurando os benefícios eles foram colaborando com o comportamento. A gente tem buscado parcerias, apoio e através da força de vontade a gente está conseguindo os benefícios aos poucos ressalta Airton Lucena do Carmo, diretor do centro de detenção provisória/Apodi.

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