Geane contou que era 13h30 da quarta-feira, quando saiu de casa, na avenida João Medeiros Filho para comprar um carregador de celular. A criança ficou com a avó, logo depois, no fundo do quintal de casa, Matheus ganhou de um amiguinho uma pitomba. Após colocar na boca se engasgou. “Meu irmão e um vizinho, pegaram meu filho, colocaram no carro e seguiram para o hospital, no meio do caminho encontraram uma ambulância do Samu e pediram socorro”, contou Geane.
A mulher disse que o irmão e o vizinho estavam sem camisa e, segundo orientação dos socorristas do Samu não poderiam seguir com eles na ambulância. “Neste momento iniciaram massagens na criança. Matheus estava vivo e ainda falou com meu irmão. Dizia: tio, tio. Deitaram ele na maca e logo depois ele começou a se entortar”. De acordo com a versão de Geane, foram os socorristas do Samu que acionaram a ambulância com a UTI.
O garotinho é o mais novo dos quatro filhos da empregada doméstica. Geane trabalha, de segunda a sábado, das 8h às 17h em uma casa de família e pelo serviço recebe um salário de R$ 510. “Minha mãe é quem nos ajuda com a aposentadoria. Agora minha vida acabou. Eu quero justiça. Matheus está na UTI todo enfaixado e com os olhinhos tampados. Os olhos dele secaram. E ele não reage a nenhum estímulo, nem quando converso com ele”.
O Samu encaminhou a criança para a UPA do Pajuçara. Lá, Matheus foi levado para a chamada “Sala Vermelha”, onde existem equipamentos para estabilizar o paciente, porém, não é uma UTI. Matheus que necessitava, urgentemente, de ser transferido para uma UTI ainda passou muito tempo até conseguir a transferência. “Ele foi muito bem atendido na UPA”.
FonteTRIBUNA DO NORTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário