Outros produtos de panificação como bolachas, biscoitos e bolos também ficarão mais caros. "Ontem [terça-feira] estive com o fornecedor de trigo em Mossoró e ele informou que até dia 15 a farinha de trigo sofrerá outro reajuste de cerca de 15%. E como é uma cadeia, como a matéria principal desses produtos e do pão é o trigo eles também sofrem aumento", conta Gérson.
O presidente do Sindicato informa que outros fatores contribuíram para os reajustes do preço do pão. "São as elevações dos insumos, dos preços das matérias-primas. A farinha de trigo já teve aumento de 40%, o açúcar uma elevação de preço exorbitante. A saca de 50 quilos aumentou mais de 20% e passou de R$ 65,00 para R$ 95,00. Já a margarina teve alta de mais de 20%, a energia elétrica e os salários dos funcionários também subiram", relatou Gérson.
Ele ressalta que o Sindicato não diz que os panificadores têm que elevar o preço do pão. Porém, pede que eles revejam os custos, calculem a planinha de custo e veja se será necessário ou não reajustar o preço. "Quem tiver condições de manter o preço, pode manter. O reajuste não é o que a gente gosta de fazer. A gente quer manter os preços para atrair mais os clientes", afirmou.
Outro problema alegado por Nóbrega é a grande quantidade de panificadoras clandestinas em Mossoró. "Das 140 panificadoras, 50% são clandestinas. O que se torna uma competição desleal, pois elas não se adequam às normas da Vigilância, algumas não assinam carteira de trabalho dos funcionários, e outras não tem nem CNPJ. Não é que a gente seja 100% correto, mas queremos que elas regularizem e melhorem o setor", acrescenta.
CAFÉ - O presidente do Sindicato conta que, no dia 16 deste mês, vai acontecer em Brasília café da manhã para os parlamentares. Ele será organizado pela Associação Brasileira da Indústria de Panificação (ABIP).
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