A comunidade de Queimadas, que está localizada as margens do Rio Umari, distante cerca de 19km da sede do município, já não suportando mais tantas “promessas” está mobilizada e empenhada na solução das problemáticas das cheias, que todos os anos deixa a comunidade ilhada, sem nenhum acesso e dependente do poder publico para qualquer atividade no período de inverno.
Estive no local e conversei com alguns moradores, que aparentam revolta pelo descaso.
Perguntei ao presidente da Associação José Gutenberg, se alguma iniciativa já tinha ocorrido por parte do poder publico.
J. Gutenberg: Na gestão do prefeito Pinheiro, houve muita expectativa, elaboramos o projeto com ajuda do SEAPAC, enviamos a Prefeitura, arrumamos um material com a Petrobras, e na hora da prefeitura nos ajudar com um estudo do solo... até hoje ainda estamos esperando, e se depender do poder publico, Queimadas sumiria do mapa.
Marmota: O que a Prefeita Goreti tem feito para ajudar a resolver essa situação?
J. Gutenberg: Nos estivemos no gabinete da prefeita por varias vezes, mas ele não se mostra muito preocupada com nossa situação.
Marmota: Qual a pior dificuldade que a comunidade tem enfrentado por falta de acesso?
J. Gutenberg: Quando o rio Umari está em sua capacidade máxima, a comunidade fica sem nenhum acesso, por nenhum lado, visto que nós estamos entre dois braços do rio. Sempre estamos dependendo de lanchas que a prefeitura manda que na verdade sempre apresenta defeitos. Temos uma população de mais de 70 famílias na comunidade, crianças e idosos, quando alguém adoece, isso vira um pesadelo, e piora se a doença for a noite. Outro problema é o mantimento, o alimento, que nós não temos, sem falar que dependemos de água potável. São vários que não sei nem falar...
Marmota: e o que a comunidade está fazendo, pode ser encarado como um manifesto?
J. Gutemberg: Acho que sim, nós cançamos de esperar por quem não quer nos ajudar. Juntamos as forças da comunidade e vamos fazer a ponte de carnaúba, que já está em andamento. Esperamos os políticos virem em nossa comunidade, para que nós possamos soletrar o significado de nossas dificuldades, e mostrar o nosso compromisso com políticos que não nos respeitam.
Pois é, esse foi um desabafo do presidente da Associação comunitária.
O mutirão de construção da ponte está acontecendo aos sábados e domingos, também algumas noites.
Em breve estaremos retornando com essa discussão.
Postado Por: Marmota Apodiense
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